A semana em revista
Esta semana foi claramente marcada pela morte do Papa João Paulo II, no último sábado, e que levou à concentração de milhares de peregrinos em Roma. Foram impressionantes as intermináveis filas de fiéis, que chegavam a esperar cerca de 15 horas para poderem prestar uma última homenagem a João Paulo II.
Hoje o mundo parou, e os sinos tocaram em todo o mundo, para um último adeus ao Papa, que foi hoje a sepultar na Cidade do Vaticano.
A par disto, a comunicação social portuguesa conseguiu acompanhar ao minuto o que se passava na Cidade do Vaticano, enchendo as suas emissões com as referidas 'notícias'.
Não deixa de ser triste notar que os 'Media' portugueses continuam bastante longe de serem a referência do jornalismo, de outra forma não se perceberia o facto de os principais telejornais, a emitirem em 'prime-time', dedicarem durante toda a semana cerca de 30 minutos dos blocos noticiosos a este tema, cobrindo e noticiando o necessário e o desnecessário. O que mais me inquieta não é o facto de isto ter ocorrido, mas sim o facto de situações idênticas serem uma constante na televisão portuguesa.
A semana é também marcada pela morte do príncipe Rainier III do Mónaco, vítima de doença prolongada, chefe de estado do mais pequeno estado do mundo. Durante o seu reinado, o pequeno principado, foi aceite como membro das Nações Unidas e viu a sua posição de estado sair reforçada. Na linha de sucessão encontra-se o príncipe Alberto, que rege o principado desde o internamento do seu pai.
No plano interno, o Presidente da República decidiu vetar uma série de diplomas aprovados pelo anterior governo, e que segundo Jorge Sampaio deveriam ser aprovados pelo governo de José Sócrates. Entre os diplomas vetados encontra-se o diploma que aprova o estabelecimento da zona de jogo da Serra da Estrela, projecto aprovado pela Inspecção Geral de Jogos, e já com prazos definidos para o início das obras do novo casino. Mais uma vez se percebe porque é tão dificil agilizar a função pública e os processos de decisão.
Iniciaram-se também os trabalhos da sétima revisão constitucional na Assembleia da República, que se destinam a tornar possível o referendo a Tratados Europeus e a permitir a coincidência de referendos com eleições gerais.
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