8 de dezembro de 2005

Quanto custa... O rei... e o presidente

À beira das eleições presidenciais saiba quem sai mais caro e por que a presidência tem um orçamento 41,7% superior ao da Casa Real espanhola

Texto Rosália Amorim, Fernando Barciela

Só a palavra “monarca” está envolta em luxo, história e numa corte misteriosa e dispendiosa. Mas será que um presidente, apesar de não ter essa aura, constitui uma factura igualmente pesada? Será que até é mais gastador?

A EXAME fez as contas e comparou os gastos da Presidência da República portuguesa com as despesas da monarquia espanhola. A presidência pesa 13, 325 milhões de euros no Orçamento do Estado de 2005. Um aumento de 2,1% face ao ano anterior. Já entre 2003 e 2004 o Orçamento cresceu 7,7%, passando de 12,049 milhões de euros para 13,050 milhões.

A Casa Real espanhola teve um orçamento de 7,51 milhões de euros em 2004, este ano tem ao seu dispor 7,78 milhões, e para 2006 já está aprovado um orçamento de 8,048 milhões, ou seja, mais 3,5% do que no ano anterior. Aliás, nos últimos dois anos esta tem sido a taxa média de aumento do orçamento da Casa Real espanhola, menos do que todos os departamentos do Estado.

Tendo como referência 2005, temos do lado português 13,325 milhões de euros e do lado espanhol 7,78 milhões. Ou seja, a Casa Civil portuguesa gasta mais 41,7% do que a Casa Real espanhola.

Esta última é considerada até bastante poupada, tendo em conta os gastos das restantes casas reais europeias (veja tabela “Quanto custam outras Casas Reais da Europa”). Segundo especialistas que acompanham as famílias reais, a rainha de Inglaterra terá, só para gastos pessoais, cerca de 15 milhões de euros. Valha-lhe uma libra forte. O orçamento anual britânico, segundo dados revelados pelo diário espanhol El Mundo, ascende a 56,3 milhões de euros. Mas há outras Casas Reais europeias poupadas, à semelhança da espanhola. É o caso da dinamarquesa, que gasta 8 milhões de euros, e da holandesa e da belga, que consomem um pouco mais de 7 milhões cada uma.

(Leia mais na versão impressa da EXAME, n.º 259)
retirado de visão-online